segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A 'pessoa certa'...

( Vídeo - Aqui - Ana Carolina)





Quem de nós não achou ser a pessoa certa para alguém, ou que aquela pessoa fosse certa para nós?

É incrível o sentir - um simples olhar, um conhecer alguém, o sorrir, conversar sobre vários assuntos e muitas vezes tudo isso em poucos instantes criam toda uma tempestade dentro de nosso peito. Um momento em que todo o corpo responde a essa nova emoção e tudo parece recomeçar.

E é nesse momento que acabamos idealizando que tudo ficará como está, que nada mais importa, mas sim viver o momento, curtir o carinho, o toque, o sabor, a sensação de ansiedade na hora de rever a pessoa, e perceber que já estamos sentindo falta mesmo depois de ter estado com ela algumas horas atrás.

Para que pensar em conseqüências? O que importa é que nesse exato momento estamos gostando, nesse momento temos alguém para aliviar as tensões, para compartilhar todos os momentos.

E então, acordamos um belo dia e percebemos que algo mudou...

O sorriso, as conversas, o toque não surtem mais o mesmo efeito e é como se já estivéssemos cheios, mas de qualquer maneira não paramos para pensar em uma coisa... Ninguém prometeu ser a pessoa certa...

Não paramos e pensamos que: beijos não são contratos e que presentes não são promessas.

Mas a mente conturbada com a saudade, com a vontade de ter a pessoa na mesma intensidade que antes, não raciocina direito. O peito aperta, o coração dói e ficamos assim, querendo entender.

É ai então que sofremos pelo condicionamento, pelos hábitos que criamos com a pessoa e quando nos deparamos sozinhos e sem saber o que fazer dos novos dias é que bate a saudade e aquele sentimento de ‘eu preciso de você’.

E de repente algo surge na mente...

Por que temos a mania de colocar nossa felicidade no ‘outro’, quando na realidade só um ‘eu’ bem nutrido é que consegue compartilhar e nutrir os demais?

Será que não vale a pena nos preocupar mais com nós mesmos e principalmente viver todo momento da forma mais intensa possível, mesmo que não seja da maneira como queríamos?

Ou seja, simplesmente viver da melhor maneira possível e perceber que nada é para sempre e que tudo está em constante mudança, transformação, movimento...

Às vezes precisamos entender que realmente aquilo que vivemos passou e que já preencheu a sua fase...

Pare para pensar um minuto, relembre algum relacionamento que não deu certo e que terminou... Compare você antes com quem você se tornou hoje... Os momentos novos que viveu, as pessoas novas que conheceu...

Será que realmente o acontecido, mesmo que te vez sofrer, não fez de você uma pessoa mais forte e com momentos melhores e mais intensos?

Ok, você tem razão!

Você nunca esquecerá porque ficou marcado, mas pense nas novas rotas, nas novas oportunidades que podem estar disfarçadas como aparentes ‘perdas’.

Percebo que se começarmos viver mais o ‘eu’ conseguiremos viver os momentos e aceitar, ao menos de uma maneira mais fácil, que tudo tem seu tempo...

E assim faremos de nós senhores de nós mesmos e nos permitiremos sofrer menos, afinal somos nós que nos permitimos passar por algo de bom ou ruim quando abrimos nossos corações a alguém e somos nós que realmente temos o poder de dizer chega, de não aceitar mais sermos vítimas de nossos sofrimentos...

E de dizer que não importa e não vale a pena pensar na ‘pessoa certa’, mas sim vivermos a dádiva do viver...

Viva quem te ama, sua família, seus amigos, quem sempre está do seu lado, mas principalmente viva o ‘eu’.



Um comentário:

Míriam Juliana P. Bosco disse...

Gostei muito!
Isso de escolher, de dizer "não vou sofrer mais" é um exercício de paciência.
Um dia a gente aprende!
Grande beijo!